Um monumento feito de amor

Estive recentemente em Porto Alegre, por ocasião do XVI Seminário da Região Sul de A. A. e envio as impressões que tive a todos os amigos, que não estavam lá, mas que de alguma forma participaram.

No final do livro Dr. Bob e os Bons Veteranos esta escrito: “Dr. Bob foi enterrado exatamente como os outros sujeitos. Próximo a ele está Anne, como esteve durante tantos anos. Além de uma lápide simples, não há nenhum monumento”.

– Nenhum monumento?

Pois eu vi um pedacinho do monumento numa cidade do sul da América do Sul, muito abaixo do trópico de Capricórnio.

Vi um pedacinho do monumento nos companheiros que acompanhavam pela Internet, da Espanha, de Portugal, dos Estados Unidos, do Japão, além do Brasil todo.

Vi um pedacinho do monumento na companheira que, pelas suas 24 horas, atravessou o oceano e foi ajudar um desconhecido nas 24 horas dele, plantando a semente em Angola.

Vi um pedacinho do monumento nos companheiros que têm mais de três décadas de 24 horas, que começaram sem saber direito o que fazer, que erraram e acertaram, que brigaram e acreditaram, que já viram e ouviram de tudo, e estavam lá para provar que funciona.

Vi um pedacinho do monumento nas lágrimas e nos sorrisos partilhados entre os companheiros que se encontraram depois de longa data, nos companheiros que se viram um dia antes, nos companheiros que se conheceram pessoalmente depois de muita conversa virtual, nos companheiros que estavam iniciando a caminhada para sair da dor.

Vi um pedacinho do monumento em cada um dos quase mil companheiros que foram lá, levando suas esperanças, forças e experiências e que depois juntaram tudo numa única imensa e alegre celebração.

O monumento, meu irmão, é muito maior do que se pode enxergar, porque o milagre que se realiza é muito maior do que o milagre que se deseja.

Levei minhas 24 horas.

Grata ao Poder Superior por ser parte deste monumento feito de amor!

Beijo e mais 24 abençoadas horas, ainda numa condição de parva deslumbrada com as benesses de A. A..

(Fonte: Revista Vivência – 113-Mai./Junho.2008-Constance/S.J.dos Pinhais/Paraná)