Lois B. Wilson (1891 -1988)

Box 4-5-9, Natal / 1988 (pág. 1 a 4)

Título original: “In Memoriam: Lois W. 1891-1988”.

Lois Burnham Wilson – querida Lois W. para milhões de membros de A.A. e Al-Anon, e viúva do cofundador de A.A. Bill W., morreu tranquilamente no dia cinco de outubro de 1988, com a idade de 97 anos. Um mês antes, com aspecto um tanto delicado, mas com expressão muito viva, sentada numa cadeira no salão da casa que havia compartilhado com Bill, disse a uma visita, “Sabe, vou chegar aos 100”. Mas não conseguiu. Duas semanas depois de dizê-lo, ingressou no hospital de Northern Westchester. Padecendo de pneumonia nos últimos dias e não podendo falar, continuou se comunicando através de bilhetinhos escritos. Cinco dias antes da sua morte, John B., diretor geral do Escritório de Serviços Gerais de A.A. – ESG, foi visitá-la no hospital. Expressou-lhe sua gratidão pessoal e ada Irmandade inteira, porque, como disse John, “os AAs devem suas vidas a você”. Um ligeiro sorriso passou pelo rosto de Lois e num papel escreveu “Não a mim, mas a Deus”. John replicou, “Mas foi sua servidora”. E Lois escreveu: “Você também é”.

Ao receber a notícia da morte de Lois, John disse: “Ela foi a última dos quatro: o Dr. Bob e Anne, Bill e Lois. Sua morte marca o fim de uma era para Alcoólicos Anônimos”. Michael Alexander, não alcoólico, presidente da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos, manifestou-se de maneira parecida na carta em que informou à Irmandade a morte de Lois: “Nos primeiros dias, o futuro inteiro da nossa Irmandade e o de incontáveis alcoólicos pendiam do fio da resolução e capacidade de Bill W. e do Dr. Bob para perseverar nos seus esforços de fincar Alcoólicos Anônimos em terreno firme. Uma multidão de pessoas considera Lois Wilson como a pessoa sem cuja ajuda seu marido não teria podido persistir neste trabalho crucial. Bill costumava classificá-la como ‘uma sócia na participação plena’ nas penas e prazeres daqueles tempos. De fato, muitos AAs acreditam que devem suas vidas a Lois, a Bill, ao Dr. Bob e a Anne”.

A tarde do sábado seguinte ao falecimento de Lois, umas cinquenta pessoas, parentes e amigos, reuniram-se para um serviço informal, ao estilo Quaker, no salão de Stepping Stones na frente do fogo crepitante que brilhava na chaminé. Nessa ocasião, Michael Alexander, falou dos muitíssimos talentos e facetas de Lois: foi não apenas a líder e a organizadora de Al-Anon, mas também escritora, poetisa, artista, musicista e oradora muito solicitada e muito afetiva, amante da natureza, dona de casa, anfitriã incansável e esposa devotada de Bill. “Era uma grande e extraordinária dama e sentiremos muito sua falta”.

Nessa tarde, outras pessoas compartilharam as lembranças comovedoras, agridoces e divertidas que realçaram o indômito que era seu espirito até o fim da vida, sua mente aguçada, seu senso de humor, seu ímpeto exuberante. Ralph B., contratado pela antiga Fundação do Alcoólico (atual Junta de Serviços Gerais de A.A.) para escrever alguns dos primeiros folhetos de A.A. e visitante assíduo de Stepping Stones desde os primeiros tempos, disse quer ela era “a força que mantinha as coisas em marcha enquanto Bill ficava pensando, escrevendo ou visualizando. De vez em quando eu contestava Bill, mas nem sequer pensaria em discutir com Lois”. Ron S. narrou a respeito de ter acompanhado Lois a um Rodeio de Motos na Califórnia, onde ela iria aparecer como oradora, havia apenas três anos. Enquanto empurrava a cadeira de rodas através do estacionamento do hotel, ela viu uma motocicleta grande e reluzente e lhe pediu para aproximá-la à moto para poder admirá-la. Então pediu que a fotografasse ao lado da moto. No dia seguinte, ao ser apresentada aos participantes do evento, foi nomeada membro honorária do Grupo de motociclistas em A.A., enquanto o auditório assobiava e aplaudia. “Encantou lhe”, disse Ron. Steve S., motorista de táxi em Bedford Hills, conseguiu que os presentes percebessem o essencial, contando em poucas palavras como Bill e Lois tocaram pela primeira vez sua vida quando ele era um bêbado, e como o ajudaram a transformar sua vida, oferecendo-lhe uma carinhosa amizade durante mais de 20 anos de sobriedade. Lois nunca se deteve. Até as últimas semanas da sua vida, continuou aceitando convites para falar e planejando viagens. Participou dos jantares de abertura da Conferência de Serviços Gerais de A.A. e de Al-Anon, recebeu visitas e Stepping Stones e frequentemente ia almoçar com seus amigos. Fez um resumo da sua própria vida, naquilo que se relacionava com Bill e com A.A. nas seguintes palavras (extraídas do Prólogo de Lois Remembers– Lois se lembra):

“A recuperação de Bill foi conseguida apesar de mim. Embora tivesse trabalhado para ele alcançá-la, durante toda nossa vida de casados não o tinha feito de forma apropriada. O amor que sentia, por muito verdadeiro que fosse, era também possessivo; e tão grande era meu ego que acreditava que o poderia transformar… Bill era minha vida…. Durante os primeiros 17 anos da minha recuperação e da de Bill, não existia nenhuma irmandade para as famílias dos alcoólicos…Portanto, A.A. foi meu primeiro amor. Embora não seja alcoólica, ainda nestes dias sinto-me tão membro de A.A. como de Al-Anon, pelo menos em espirito”.

Lois Burnham nasceu no dia quatro de março de 1891, no Brooklin, Nova York a mais velha de seis irmãos. “Minha infância foi muito feliz”, escreveu.

Também tinha lembranças felizes dos verões que ia passar com seus avos na cabana de seus pais ao lado de um lago. Alegremente andava descalça, passeava na sua bicicleta, subia em arvores como um rapazinho. Com outras crianças nadava no lago, ou fazia passeios numa canoa, e mais tarde na medida em que ia crescendo, viajava a Manchester para jogar tênis, golfe ou dançar. Ali conheceu Bill que era amigo do seu irmão Rogers. Bill e sua irmã moravam em Dorset com seus avos, porque seus pais estavam divorciados. No começo, Bill não lhe impressionou muito, já que era quatro anos mais novo que ela e nativo de Vermont, enquanto ela era uma veranista sofisticada. Entretanto, enquanto os dois passavam juntos muitas horas agradáveis, fazendo excursões, passeando de barco, fazendo piqueniques e acima de tudo, falando, seu interesse foi crescendo até que esqueceram as diferenças. O casal mantinha seu amor através do correio – ela diariamente, ele mais esporadicamente. Bill foi entrando e saindo da Universidade de Norwich, e quando os EUA, declararam a guerra em 1917, sua classe alistou-se no Exército Reserva e Bill foi enviado a escola de Treinamento para oficiais. Foi nomeado subtenente em agosto e estacionado em New Bedford, Massachussets. Durante esse período de dois anos e meio, visitavam-se com tanta frequência como lhes era possível no Brooklin e nos diversos postos onde Bill era destinado. Pronto correu o boato de que o regimento de Bill iria embarcar para o estrangeiro, e o dia 24 de janeiro de 1918, Bill e Lois se casaram. Os recém-casados foram morar em New Bedford, e quatro meses depois mudaram para Newport, Rode Island. Durante a maior parte do noivado, Bill não bebeu uma única gota de álcool, uma vez que a maneira de beber de seu pai tinha contribuído muito para o divórcio dos seus pais. Mas agora, ocasionalmente bebia nas festas, e quando o fazia, ficava bêbado. Isso não preocupava a Lois porque ela acreditava que podia “consertá-lo”.

Durante a guerra, Lois trabalhou no Hospital Walter Reed, de Washington, D.C. Quando Bill voltou depois do Armistício, foram morar no Brooklin. Não tendo nenhum preparo para trabalhar na vida civil, Bill teve dificuldades para se orientar. “Para poder refletir bem sobre a situação”, disse Lois, “fizemos uma longa excursão a pé através do Maine, New Hampshire e Vermont”, dando início, assim, ao que seria um costume em toda sua vida. Bill estudou na Faculdade de Leis do Brooklin durante quatro anos enquanto Lois trabalhava como terapeuta vocacional. Durante este período e nos anos seguintes, a maneira de beber de Bill piorava. Embora sempre sonhassem com ter filhos, Lois experimentou três gravidezes ectópicas (N.T.: gestação que ocorre fora da cavidade uterina) seguidas de intervenções cirúrgicas. Durante a última Bill estava bêbado demais par visitá-la no hospital. Ao saber que não poderiam ter filhos fizeram um pedido de adoção numa agencia oficial que não teve efeito porque, aparentemente, uma das referências informava que Bill bebia excessivamente.

Em 1925 houve um intervalo feliz, quando os dois abandonaram seus empregos e compram uma motocicleta com sidecar e foram trotar mundo durante um ano. Em 1929, “angustiada pela maneira de beber sem trégua de Bill”, Lois desafogou seu coração num documento desgarrador, mas de uma perspicácia extraordinária. Dizia em parte: “O que alguém deve pensar depois de tantos fracassos?… Se perdesse meu amor e minha fé, o que aconteceria então? Apenas enxergo o vazio, as rijas, o sarcasmo, o egoísmo… amo meu marido mais do que possa expressar com palavras, e sei que ele também me ama. É um homem esplêndido, excelente…todos o amam…um líder nato… tão generoso que daria seu último centavo…tem um magnífico senso de humor e um vocabulário extraordinário… um orador convincente… uma memória fora do comum… os detalhes o aborrecem, por ter uma mente clarividente, com perspectivas mais amplas. Está sempre pedindo a minha ajuda, e estivemos tratando de encontrar, sem parar durante cinco anos, uma solução para o seu problema com a bebida…”. Ao longo dos cinco anos seguintes, Lois teria que recorrer à sua força de espirito, enquanto seu marido ia afundando no desespero do alcoolismo. Ele foi perdendo emprego após emprego até se converter num desempregado. Lois conseguiu um trabalho como atendente numa grande loja de departamentos para poder comprar comida. Bill “converteu-se num bêbado embrutecido pela bebida e não se atrevia a sair da casa”, diz Lois. Duas vezes ingressou no Hospital Towns para desintoxicação e duas vezes o levou para viajar pelo campo, em Vermont, para cuidá-lo e ajudá-lo a recuperar a saúde. Nada disso serviu. Finalmente ele quase deixou de comer e bebia as 24 horas do dia. Num dia no final do outono de 1934, Bill voltou novamente ao Hospital Towns, e então teve a experiência espiritual que o transformou. Lois escreveu: “Tão logo o vi no hospital, soube havia acontecido alguma coisa esmagadora… Seu ser inteiro expressava a esperança e a alegria… Daquele momento em diante, nunca duvidei que era um homem livre”.

Depois de sair do hospital, Bill esforçou-se para tornar sóbrios todos os alcoólicos confinados no hospital, nas missões ou em qualquer lugar onde os encontrasse, sem obter sucesso algum. Lois e ele também começaram a assistir às reuniões do Grupo de Oxford. Em maio de 1935, Bill levou a mensagem ao Dr. Bob em Akron. Ao voltar para Nova York começou a ter sucesso no seu trabalho com outros alcoólicos. E começou a levá-los à sua casa na Rua Clinton. “Costumávamos ter até cinco em casa ao mesmo tempo”, escreveu ele, “e às vezes todas estavam bêbados ao mesmo tempo”. Houve brigas e um suicídio – depois que a vítima tinha vendido a roupa e a bagagem de Bill e Lois avaliados em algumas centenas de dólares. Lois voltava para a casa esgotada por causa do seu trabalho na loja e ainda tinha que preparar o jantar para aquele bando de bêbados que nem sequer pagavam a comida.

Bill e Lois ainda assistiam as reuniões do Grupo de Oxford. Um domingo ocorreu um incidente de pouca importância, mas que mais tarde Lois diria que foi a virada da sua vida. Quando Bill disse ao acaso “temos que nos apresar porque senão chegaremos atrasados à reunião do Grupo”, Lois pegou seu sapato e atirou-o com toda a força contra Bill gritando “ao diabo com suas malditas reuniões”. Mais tarde, ao analisar sua conduta, percebeu que sempre havia tido muita confiança no sem próprio poder: acreditava que era “dona do seu destino”. Agora se sentia ressentida porque os recém-encontrados amigos de Bill no Grupo de Oxford conseguiram, num abrir e fechar dos olhos, o que ela não havia conseguido em 17 anos. Ademais se tinha acostumado a dirigir a casa, como enfermeira, provedora da família, a que tomava todas as decisões; agora, Bill estava levando sua própria vida, passando uma grande parte do tempo com os alcoólicos que começavam a formar o primeiro Grupo de Nova York. Ela escreveu: “Percebi que as obras boas e bem-intencionadas frequentemente falham quando são feitas unicamente através do nosso poder; as únicas coisas verdadeiramente boas são alcançadas quando se descobre o plano de Deus e depois se põe em prática”. Destas reflexões nasceu, finalmente, Al-Anon.

Enquanto Alcoólicos Anônimos começava a enraizar-se e se desenvolver – ao abrir um escritório, escrever e publicar o Livro Grande, ao tempo em que os Grupos iam brotando em outras cidades, tanto a vida de Lois quanto a de Bill estavam tomadas por uma atividade febril. “Foi uma época agitada e fecunda”, disse Lois. Foi também uma época em que não tinham dinheiro algum. Depois de perder sua casa no Brooklin, viviam literalmente da caridade de seus amigos. Nos anos 1939 e 1940, mudaram de casa 51 vezes! Em fevereiro de 1940, enquanto estavam passando pela Grand Central Station, Lois sentou-se repentinamente na escada e desfazendo-se em lágrimas disse soluçando, “Nunca iremos ter nosso próprio lar? ” Acabaram morando num quarto pequeno no velho local do Clube da Rua 24ª, em Manhattan mobiliado com uma cama emprestada e duas caixas de laranja vazias. Suas peregrinações terminaram em abril de 1941, quando lhes foi possível comprar a bela casa em Bedford Hills, Nova York, que mais tarde foi batizada de “Stepping Stones”. Com seu telhado de quatro águas, de telhas marrons, está rodeada de árvores e situada numa colina\de onde se pode ver um vale. Não foi apenas um lar para o resto das suas vidas, mas também a Meca para inúmeros membros de A.A. e de Al-Anon em todos os anos vindouros.

Na década dos anos de 1940, Bill e Lois fizeram muitas viagens a todas as partes do país e na primavera de 1950, a oito países de Europa. Lois descobriu que em muitos lugares, as esposas e familiares dos AAs estavam-se reunindo nos seus próprios Grupos, e normalmente ela falava nestas reuniões. Em 1951, Bill recomendou-lhe que abrisse um escritório de serviços para os Grupos Familiares. No começo ela relutou em fazê-lo porque estava muito entusiasmada cuidando da casa e do jardim de Stepping Stones. Enquanto isso foi considerando essa necessidade e depois de se reunir com outras esposas para expor a ideia, Lois abriu um escritório de serviços com a ajuda de uma amiga, Anne B. Começando com uma lista facilitada pelo Escritório de Serviços Gerais – ESG, contendo os nomes de pessoas e Grupos que tinham se dirigido ao ESG pedindo ajuda, em pouco tempo tinham mais trabalho do que podiam fazer sozinhas.

Mudaram seu centro de atividades de Stepping Stones para o Clube da Rua 24ª, onde recrutaram voluntarias para ajudá-las. E assim foi que se formou Al-Anon. Atualmente (1988), existem 30.000 Grupos, incluindo os de Alateen, em todas as partes do mundo. Em 1955, na Convenção Internacional de St. Louis, Bill deixou sua responsabilidade como líder de A.A. e as entregou aos Grupos que trabalham através da Conferência de Serviços Gerais. Lois fez o primeiro discurso depois da cerimônia da “maioridade “de A.A. De fato, Lois assistiu e participou de todas as Convenções Internacionais desde 1950 até 1985. No começo de 1970, Bill caiu ao chão quando estava consertando o telhado da sua casa. Isto marcou o começo da debilitação da sua saúde. Seu enfisema piorou notavelmente. Depois de sua breve apresentação na Convenção Internacional de Miami Beach, em julho daquele ano, passou a requerer cuidados constantes, primeiro de Lois e depois de enfermeiras durante as 24 horas do dia. Bill morreu no dia do 53º aniversário do seu casamento, o dia 24 de janeiro de 1971. Lois esteve ao seu lado até as últimas horas. Sua presença na Convenção Internacional do 50ª aniversário de A.A. e na de Al-Anon que coincidiu com esta, em Montreal, Canadá, em julho de 1985, foi como o ápice simbólico da vida de Lois.

Com a idade de 94 anos dirigiu suas palavras a um auditório de mais de 45.000 pessoas que a ouviram num respeitoso silencio. A mesma aparição da sua pequena figura no palco no centro do enorme Estádio Olímpico fez ficar em pé aquela imensa multidão com os rostos banhados pelas lágrimas, para lhe oferecer uma ovação clamorosa que parecia não ter fim. Desde a morte de Bill, Lois se preocupava com que Stepping Stones continuasse aberta para os membros de A.A. e de Al-Anon depois da sua própria morte. Também desejava utilizar uma parte substancial do dinheiro proveniente do testamento de Bill (principalmente dos direitos autorais dos livros de A.A. que Bill escreveu) para patrocinar a educação a respeito do alcoolismo e a prevenção da doença. Com essa finalidade, criou em 1979 a Fundação Stepping Stones. Até quase seus 90 anos, Lois insistiu em viver com independência, sem mais ninguém que uma empregada para ajudá-la. Mais tarde, depois de sofrer várias quedas e fraturas, rodeou-se de assistentes e ajudantes que, junto com seus dedicados amigos, lhe fizeram possível viver sus últimos anos com comodidade.

A equipe foi encabeçada por Nell Wing, a assistente e secretária de Bill durante 27 anos e companheira de Lois por toda sua vida; também esteve Ann Burnham Smith, prima de Lois e outros íntimos carinhosos. No dia 20 de outubro de 1988 aconteceu na histórica e bonita Marble College Church de Nova York, um serviço comemorativo para Lois Wilson. Esta grande Igreja estava lotada para o serviço. No seu discurso, o ministro, o Dr. Arthur Calliano, destacou o fato de que tantas pessoas se apresentassem para assistir as exéquias de uma pessoa de 97 anos de idade – destacou que os presentes simbolizavam a grande família de milhões de pessoas que estavam vivendo uma nova vida graças a Bill e Lois. Ethyl Dumas, dedicada enfermeira de Lois durante mais de quatro anos – e a quem Lois colocou o nome “Eterna Ethyl”, lembra: “Essa dama sempre sabia o que queria”. Ela conta que na tarde do dia 5 de outubro, Lois escreveu num bilhete: “… quero dormir”. “E foi isso precisamente o que ela fez” disse Ethy l.

Importante: as citações de Lois foram extraídas de “Lois Remembers” © 1979, pela sede dos Grupos Familiares de Al-Anon, Inc., com permissão.